Adriana Takada participou do Circo Show Cybercop fazendo o papel da policial Tomoko.E em mais uma entrevista exclusiva ela revela curiosidades dessa época.
Sem mais delongas vamos as perguntas:
Adriana – Sim, é verdade… Com a saída de minha antecessora, fui levada ao Nelson Sato por intermédio de um amigo (Lúcio). Eu já conhecia o Nelson porque, tempos antes, enquanto fui proprietária de uma agência de comunicação e propaganda, visitei a Sato Co. Aí, numa dessas coincidências da vida, nós nos reencontramos no momento em que ele precisava de uma menina japonesa, baixinha, que soubesse interpretar, dançar e cantar para substituir a personagem que havia deixado o grupo. E eu tinha o perfil que ele buscava: nesta época, eu cantava em casas noturnas, eventos beneficentes, desfiles, etc. Bastou um encontro e pronto: fui contratada.
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Guedes – Para você interpretar a Tomoko você chegou a fazer algum laboratório para conhecer mais a personagem? Chegou a assistir o seriado? Gostava?
Adriana – Sim, eu já conhecia, assistia e gostava do seriado. Acredito que todas as pessoas, em algum momento, já sonharam em ser super-heróis (risos)… E, apesar da Tomoko não possuir os mesmos poderes dos outros personagens, não deixava de ser uma heroína né? Eu fiquei muito lisonjeada em poder interpretá-la.
Guedes – Como era o dia-a-dia das pessoas envolvidas nos shows? Vocês conviviam juntos?Conte-nos os detalhes.
Adriana - No começo, nos encontrávamos apenas nos ensaios. Assim que a peça estreou no circo-show, nossos encontros passaram a ser diários para treinar, ensaiar e apresentar.
Guedes – Como era a preparação de vocês antes dos shows? Vocês ensaiavam? Chegou a praticar artes marciais? Quem os dirigiu?
Adriana - Assim que fui contratada, o Nelson Sato me passou o endereço da academia, onde aconteciam os ensaios. Treinávamos Kung fu todos os dias, sempre supervisionados pelo Adriel de Almeida, nosso treinador, produtor e professor. Aliás, vale lembrar que o Adriel nos conduzia com perfeição: as lutas eram praticamente “coreografias”; tinham marcação e o ensaio exigia muita dedicação do grupo. Todos do elenco já lutavam ou tinham alguma experiência com o Kung fu, além de outras artes marciais. Eu era a única que não tinha experiência nenhuma. Depois do aquecimento, treinávamos seqüência de golpes (Katis), saltos, rolamentos e, por fim, ensaiávamos a peça do Cybercops.
Guedes – Quem cuidava das armaduras e dos figurinos dos Cybercops? Sabemos que o Nelson Sato é fã de seriados japoneses. Ele tinha muito ciúmes das armaduras? Dava muito bronca? Como era a relação de vocês com o Nelson?
Adriana - Nós mesmos cuidávamos das armaduras que ficavam guardadas dentro dos containeres em que trocávamos de roupa, antes das apresentações. O nosso contato maior sempre foi com o Adriel e, quando era preciso, ele mesmo dava bronca (risos)… A nossa relação com o Nelson sempre foi muito amigável.
Guedes – Durante as apresentações ocorreu algum fato inusitado, curioso ou marcante? Alguma loucura ou molecagem feita pelas crianças?
Adriana - Apesar da popularidade da época, não me recordo de nenhuma molecagem ou fato inusitado.
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Guedes – Conte-nos como foi o dia do “Mc lanche feliz: CYBERCOPS CONTRA O CÂNCER INFANTIL”. Vocês chegaram a andar pela cidade em cima do caminhão dos BOMBEIROS! Como foi isso?
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Guedes – Conte-nos como foi o dia do “Mc lanche feliz: CYBERCOPS CONTRA O CÂNCER INFANTIL”. Vocês chegaram a andar pela cidade em cima do caminhão dos BOMBEIROS! Como foi isso?
Adriana – Nossa! Foi muito legal… Trabalhar em uma campanha desse tipo é uma mensagem de cidadania. E nada mais interessante do que ligar a idéia de saúde e força dos heróis à uma campanha tão eficaz. Além disso, como você bem lembrou, desfilamos por Guarulhos no caminhão dos BOMBEIROS e isso foi incrível… Atraímos mais pessoas para o evento que acenavam para nós nas ruas e corriam atrás do caminhão. O evento foi um sucesso!
Guedes – Sabemos que além do circo show, os Cybercops fizeram algumas apresentações de rua e em programas de TV. Vocês conheceram muitos famosos? Conte-nos onde vocês se apresentaram e como era a sensação de vocês interpretarem os personagens mais queridos da época e como era a reação das crianças ao verem os seus heróis de perto!
Adriana – Nossa! Nós fomos a vários lugares! Conhecemos a Ione Borges, a Claudete Troiano, o Gugu, entre outros. Causamos furor onde passamos. As crianças vibravam ao nos ver.
Guedes – O que mais te marcou nessa época? Você chegou a fazer mais algum trabalho infantil além da Tomoko?
Adriana - Como já dito, as crianças eram nosso objetivo, mas uma coisa que marcou muito era o bom relacionamento do grupo. Não fiz outros trabalhos nessa linha… Achei que uma heroína em meu currículo já era mais do que suficiente (risos)…
Guedes – Em que ano começou e terminou o show dos Cybercops? Você se lembra do público recorde dos shows?
Adriana - Acredito que os shows tenham começado em 94 e terminado em 95. Quanto ao público recorde não posso afirmar a quantidade; lembro-me apenas que eram muitas pessoas em nossas apresentações.
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Guedes – Você ficou triste com o fim dos shows dos Cybercops? De que você mais sente saudades dessa época?
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Guedes – Você ficou triste com o fim dos shows dos Cybercops? De que você mais sente saudades dessa época?
Adriana – Claro que fiquei. Foi uma época muito boa, da qual tenho boas recordações. Sinto saudade do grupo, do carinho das crianças, das inúmeras cartinhas que elas me mandavam.
Guedes – Você ainda mantém contato com os seus colegas do show ou com o Nelson SATO?
Adriana - Não pessoalmente. Mantenho contato – apenas com o grupo – através da internet.
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Guedes – Como foi a experiência em participar do show dos Cybercops? Foi gratificante? Acredito que essa foi uma experiência única para você.
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Guedes – Como foi a experiência em participar do show dos Cybercops? Foi gratificante? Acredito que essa foi uma experiência única para você.
Adriana - Isso é verdade: foi uma experiência única. O mais gratificante é saber que as crianças nos viam como os verdadeiros “policiais do futuro” (risos)… Eram muitos pedidos de autógrafos, fotografias, sorrisos…
Guedes – Atualmente em que você trabalha? Tem vontade de voltar a trabalhar com crianças?
Adriana – Atualmente sou gerente de marketing em uma empresa de soluções para a Internet. Sim, gostaria de trabalhar com crianças mas a falta de tempo não me permite mais… Agora sou super-heroína com exclusividade: apenas em casa e para minhas filhas (risos)…
Guedes – Por fim, deixo esse espaço em aberto para suas considerações finais. Pedirei-lhe uma mensagem para as crianças da época, hoje, adolescentes e adultos fãs da série que nunca esqueceram desses momentos mágicos e que eu tenho certeza que após essa entrevista irão lembrar do seu trabalho. Trabalho esse que formou uma geração de ouro, afinal vocês fizeram de nossas infâncias únicas e inesquecíveis!
Adriana - Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o carinho de todos aqueles que prestigiaram – e prestigiam até hoje o nosso trabalho. Espero que o trabalho semeado, naquela época, tenha dado bons frutos… Que tenha ajudado a fortalecer a essência de cada criança…Desejo que a “geração Cybercops” possa passar para os seus filhos toda a magia e a alegria daqueles momentos e que sirvam de exemplo de coragem para eles… Criança é igual em todas as épocas, basta que se cultive a inocência…
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Um comentário:
Caralho,as armaduras eram as originais mesmo.
Parabéns!ótima entrevista!
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