segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

EXCLUSIVO - ENTREVISTA COM ADRIANA TAKADA!



 Adriana Takada participou do Circo Show Cybercop fazendo o papel da policial Tomoko.E em mais uma entrevista exclusiva ela revela curiosidades dessa época.

Sem mais delongas vamos as perguntas:

Guedes – Sabemos que antes de você entrar no show, uma outra pessoa interpretava a policial dos Cybercops. Como você foi escolhida para interpretar a Tomoko?

AdrianaSim, é verdade… Com a saída de minha antecessora, fui levada ao Nelson Sato por intermédio de um amigo (Lúcio). Eu já conhecia o Nelson porque, tempos antes, enquanto fui proprietária de uma agência de comunicação e propaganda, visitei a Sato Co. Aí, numa dessas coincidências da vida, nós nos reencontramos no momento em que ele precisava de uma menina japonesa, baixinha, que soubesse interpretar, dançar e cantar para substituir a personagem que havia deixado o grupo. E eu tinha o perfil que ele buscava: nesta época, eu cantava em casas noturnas, eventos beneficentes, desfiles, etc. Bastou um encontro e pronto: fui contratada.
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Guedes – Para você interpretar a Tomoko você chegou a fazer algum laboratório para conhecer mais a personagem? Chegou a assistir o seriado? Gostava?
 
Adriana Sim, eu já conhecia, assistia e gostava do seriado. Acredito que todas as pessoas, em algum momento, já sonharam em ser super-heróis (risos)… E, apesar da Tomoko não possuir os mesmos poderes dos outros personagens, não deixava de ser uma heroína né? Eu fiquei muito lisonjeada em poder interpretá-la.

Guedes – Como era o dia-a-dia das pessoas envolvidas nos shows? Vocês conviviam juntos?Conte-nos os detalhes.
 
Adriana - No começo, nos encontrávamos apenas nos ensaios. Assim que a peça estreou no circo-show, nossos encontros passaram a ser diários para treinar, ensaiar e apresentar.

Guedes – Como era a preparação de vocês antes dos shows? Vocês ensaiavam? Chegou a praticar artes marciais? Quem os dirigiu?
 
Adriana - Assim que fui contratada, o Nelson Sato me passou o endereço da academia, onde aconteciam os ensaios. Treinávamos Kung fu todos os dias, sempre supervisionados pelo Adriel de Almeida, nosso treinador, produtor e professor. Aliás, vale lembrar que o Adriel nos conduzia com perfeição: as lutas eram praticamente “coreografias”; tinham marcação e o ensaio exigia muita dedicação do grupo. Todos do elenco já lutavam ou tinham alguma experiência com o Kung fu, além de outras artes marciais. Eu era a única que não tinha experiência nenhuma. Depois do aquecimento, treinávamos seqüência de golpes (Katis), saltos, rolamentos e, por fim, ensaiávamos a peça do Cybercops.
 

Guedes – Quem cuidava das armaduras e dos figurinos dos Cybercops? Sabemos que o Nelson Sato é fã de seriados japoneses. Ele tinha muito ciúmes das armaduras? Dava muito bronca? Como era a relação de vocês com o Nelson?
 
Adriana - Nós mesmos cuidávamos das armaduras que ficavam guardadas dentro dos containeres em que trocávamos de roupa, antes das apresentações. O nosso contato maior sempre foi com o Adriel e, quando era preciso, ele mesmo dava bronca (risos)… A nossa relação com o Nelson sempre foi muito amigável.
 


Guedes – Durante as apresentações ocorreu algum fato inusitado, curioso ou marcante? Alguma loucura ou molecagem feita pelas crianças?
 

Adriana - Apesar da popularidade da época, não me recordo de nenhuma molecagem ou fato inusitado.
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Guedes – Conte-nos como foi o dia do “Mc lanche feliz: CYBERCOPS CONTRA O CÂNCER INFANTIL”. Vocês chegaram a andar pela cidade em cima do caminhão dos BOMBEIROS! Como foi isso?
 

AdrianaNossa! Foi muito legal… Trabalhar em uma campanha desse tipo é uma mensagem de cidadania. E nada mais interessante do que ligar a idéia de saúde e força dos heróis à uma campanha tão eficaz. Além disso, como você bem lembrou, desfilamos por Guarulhos no caminhão dos BOMBEIROS e isso foi incrível… Atraímos mais pessoas para o evento que acenavam para nós nas ruas e corriam atrás do caminhão. O evento foi um sucesso!



Guedes – Sabemos que além do circo show, os Cybercops fizeram algumas apresentações de rua e em programas de TV. Vocês conheceram muitos famosos? Conte-nos onde vocês se apresentaram e como era a sensação de vocês interpretarem os personagens mais queridos da época e como era a reação das crianças ao verem os seus heróis de perto!
 
AdrianaNossa! Nós fomos a vários lugares! Conhecemos a Ione Borges, a Claudete Troiano, o Gugu, entre outros. Causamos furor onde passamos. As crianças vibravam ao nos ver.
 


 Guedes – O que mais te marcou nessa época? Você chegou a fazer mais algum trabalho infantil além da Tomoko?
 
Adriana - Como já dito, as crianças eram nosso objetivo, mas uma coisa que marcou muito era o bom relacionamento do grupo. Não fiz outros trabalhos nessa linha… Achei que uma heroína em meu currículo já era mais do que suficiente (risos)…

Guedes – Em que ano começou e terminou o show dos Cybercops? Você se lembra do público recorde dos shows?
 
Adriana - Acredito que os shows tenham começado em 94 e terminado em 95. Quanto ao público recorde não posso afirmar a quantidade; lembro-me apenas que eram muitas pessoas em nossas apresentações.
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Guedes – Você ficou triste com o fim dos shows dos Cybercops? De que você mais sente saudades dessa época?
 
AdrianaClaro que fiquei. Foi uma época muito boa, da qual tenho boas recordações. Sinto saudade do grupo, do carinho das crianças, das inúmeras cartinhas que elas me mandavam.


Guedes – Você ainda mantém contato com os seus colegas do show ou com o Nelson SATO?
 
Adriana - Não pessoalmente. Mantenho contato – apenas com o grupo – através da internet.
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Guedes – Como foi a experiência em participar do show dos Cybercops? Foi gratificante? Acredito que essa foi uma experiência única para você.
 
Adriana - Isso é verdade: foi uma experiência única. O mais gratificante é saber que as crianças nos viam como os verdadeiros “policiais do futuro” (risos)… Eram muitos pedidos de autógrafos, fotografias, sorrisos…

Guedes – Atualmente em que você trabalha? Tem vontade de voltar a trabalhar com crianças?
 
AdrianaAtualmente sou gerente de marketing em uma empresa de soluções para a Internet. Sim, gostaria de trabalhar com crianças mas a falta de tempo não me permite mais… Agora sou super-heroína com exclusividade: apenas em casa e para minhas filhas (risos)…
 

Guedes – Por fim, deixo esse espaço em aberto para suas considerações finais. Pedirei-lhe uma mensagem para as crianças da época, hoje, adolescentes e adultos fãs da série que nunca esqueceram desses momentos mágicos e que eu tenho certeza que após essa entrevista irão lembrar do seu trabalho. Trabalho esse que formou uma geração de ouro, afinal vocês fizeram de nossas infâncias únicas e inesquecíveis!
 
Adriana - Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o carinho de todos aqueles que prestigiaram – e prestigiam até hoje o nosso trabalho. Espero que o trabalho semeado, naquela época, tenha dado bons frutos… Que tenha ajudado a fortalecer a essência de cada criança…Desejo que a “geração Cybercops” possa passar para os seus filhos toda a magia e a alegria daqueles momentos e que sirvam de exemplo de coragem para eles… Criança é igual em todas as épocas, basta que se cultive a inocência…
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Um comentário:

BRUNO disse...

Caralho,as armaduras eram as originais mesmo.

Parabéns!ótima entrevista!